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CIRURGIA DO DIABETE
OU CIRURGIA METABÓLICA

O diabetes do tipo 2 envolve um grupo de doenças metabólicas com etiologias diversas, caracterizado por hiperglicemia (aumento da glicose no sangue) que resulta de uma secreção deficiente de insulina pelas células β do pâncreas e aumento da resistência periférica à ação da insulina. O diabetes está associado com o dano de vários órgãos, principalmente olhos, rins, coração e artérias.

 

O DM (sigla para diabetes mellitus) representa a epidemia não infecciosa mais importante da atualidade, constituindo-se em um dos mais sérios problemas de saúde, tanto em termos de número de pessoas afetadas, incapacitações, mortalidade precoce, como dos custos envolvidos no seu controle e no tratamento de suas complicações. Ainda pior é o fato dos pacientes serem atingidos na faixa etária adulta, a idade mais produtiva de suas vidas.

O percentual de pessoas com diabetes no Brasil passou de 5,5% em 2006 para 8% em 2016, segundo pesquisa realizada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. 

 

O problema é que, além da quantidade de pacientes diagnosticados, cerca de 3,2 milhões não sabem que sofrem da doença, segundo um estudo internacional divulgado pelo jornal Bom Dia Brasil no final do ano passado.  

O diabetes afeta 382 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e a estimativa é que este número aumente para 592 milhões em 2035, o que nos deixa preocupados, já que a enfermidade está relacionada a diversas complicações perigosas à saúde.

 

Com a disseminação da cirurgia bariátrica observou-se que pacientes diabéticos, logo após a cirurgia, apresentavam melhora importante e resolução da hiperglicemia (aumento da glicose no sangue).

Para explicar a melhora do DM2 após a cirurgia bariátrica, as duas primeiras hipóteses aventadas foram de que a redução da glicemia estaria relacionada à perda de peso e à dieta restrita dos pacientes após a cirurgia. Esse raciocínio logo caiu em descrédito com os trabalhos de Rubino e Scopinaro (pesquisadores da área), que mostraram que a melhora do diabetes costuma ocorrer logo na primeira semana após a cirurgia.

 

Esse dado sugere que a alteração anatômica e funcional (desvio intestinal) provocadas pela cirurgia são os fatores que mais contribuem para a melhora e, na maior parte dos casos, para a normalização da glicose sanguínea.

O italiano Rubino é o principal pesquisador sobre as cirurgias do diabetes e propôs uma cirurgia onde é realizado um desvio intestinal.

 

As cirurgias com melhora do diabetes em pacientes com IMC acima de 35 kg/m2 (obesos) são as cirurgias disabsortivas (Scopinaro e Duodenal Switch) e o Bypass Gástrico (Capella).

A cirurgia do diabetes ou metabólica é um procedimento que pode ser utilizado em casos selecionados. Já se está em fase de aprovação um score para selecionar os pacientes diabéticos candidatos a cirurgia com IMC entre 30 e 35. O procedimento apresenta sucesso de 80 a 95% e depende destes fatores:

 

-Peso, altura, IMC

-Tempo de diabetes (geralmente menor de 10 anos)

-Diabetes tipo II

-Uso de medicamentos para diabetes e por quanto tempo?

-Dosagem do Peptideo C (tem que ser >1)

- Anticorpos, anti ilhotas, e anti GAD negativos

 

O tipo da cirurgia depende de cada caso. A cirurgia é realizada por vídeo e baseada em 2 princípios: o desvio do alimento da parte inicial do intestino e a chegada mais rápida a porção final do intestino. Hoje a cirurgia preconizada na maioria dos casos é o bypass gástrico.

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