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RECIDIVA DA OBESIDADE
(REGANHO DE PESO)

Após a cirurgia bariátrica, em torno de 10 a 15% dos pacientes voltam a ganhar peso. Popularizada como reganho de peso, na verdade o nome correto é recidiva da obesidade, uma vez que a obesidade é considerada uma doença crônica. A recidiva é multifatorial, pode ocorrer por problemas anatômicos (na cirurgia) ou por problemas comportamentais, ou seja, uma alimentação inadequada, problemas emocionais, falta de atividade física ou excesso de ingesta alcoólica.

O primeiro passo no paciente que voltou a ganhar peso, é identificar a causa. Nestes casos, temos por hábito fazer exames que mostram como está a cirurgia realizada. A endoscopia mostrará se existe alguma alteração na parte interna do estômago. É importante também estudar a forma como se encontra o estômago. Se utiliza, frequentemente, o raio-x contrastado do estômago para analisar como está o tamanho gástrico. Nós temos optado em estudar a anatomia do estômago através da tomografia com reconstrução em 3D em conjunto com a volumetria, que como o nome diz, mede o volume do estômago. Com este exame temos a exata noção do tamanho do estômago e, consequentemente, conseguimos planejar o melhor tratamento.

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O tratamento da recidiva da obesidade passa inicialmente pela avaliação nutricional e psicológica. Pode-se associar alguns medicamentos na tentativa de voltar a perder peso. Em pacientes submetidos a Bypass Gástrico e com anastomose gastrojejunal alargada, uma boa opção é o Plasma de Argônio, procedimento endoscópico com excelentes resultados em resgatar o paciente.

Nos pacientes com alterações anatômicas importantes com fístula gástrica, aumento do estômago e reganho acentuado da obesidade, muitas vezes só resta uma nova cirurgia. A indicação de cirurgia revisional é idêntica à cirurgia primária, ou seja, a partir do IMC 35.

CIRURGIA REVISIONAL

Para se fazer uma Cirurgia Revisional, o paciente deve inicialmente ser liberado pela nutricionista e psicóloga. É muito importante que ele entenda que a reoperação é mais complexa que a primeira cirurgia e, provavelmente, sua última chance. Recentemente, com o aumento da recidiva de pacientes, a Cirurgia Revisional evolui bastante, existindo várias alternativas.

A maioria das cirurgias revisionais são devido à recidiva da obesidade.

Baseado na técnica que foi feita na primeira cirurgia existem as opções de cirurgias revisionais.

PÓS- SLEEVE GÁSTRICO

  • Nos pacientes que foram submetidos ao Sleeve (Gastrectomia Vertical) e voltaram a ganhar peso existem algumas alternativas, a mais frequente é transformá-lo em Bypass Gástrico. Deve-se preferir essa opção, sempre em caso de pacientes com refluxo após o Sleeve. 

  • Nos pacientes que durante o estudo anatômico do estômago mostrarem um estômago muito dilatado pode-se optar por refazer o Sleeve (RESLEEVE).

  • Em pacientes superobesos, já submetidos ao Sleeve, tem se preferido cirurgias mais potentes como SADI-S (Duodenal Switch de Anastomose Única) e BTI (Bipartição do Trânsito Intestinal).

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Cirurgia Revisional pós-Sleeve

A Cirurgia Revisional pós-Sleeve, geralmente, é menos complexa que a pós-Bypass Gástrico.

PÓS- BYPASS GÁSTRICO

Após a realização do Bypass Gástrico existem várias alternativas, porém tratam-se de cirurgias mais complexas e extensas. Baseado no estudo anatômico antes do procedimento e no achado operatório pode-se optar por várias técnicas.

Hoje preferimos realizar o SADI-S como Cirurgia Revisional pós-Bypass Gástrico, por ser uma cirurgia mais potente. A literatura médica tem mostrado melhores resultados com essa técnica.

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Duodenal Switch de Anastomose Única (SADI-S)

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Outra opção é a BTI, que tem como grande vantagem não necessitar a dissecção do duodeno, órgão muitas vezes difícil de seccionar em pacientes super obesos.

Bipartição do Trânsito Intestinal (BTI)

Existem outras alternativas, dependendo dos achados na cirurgia e nos exames das alterações anatômicas presentes. São alternativas: diminuir o tamanho do estômago novamente (RESHAPE), aumentar o tamanho do desvio intestinal (SCOPINARIZAÇÃO) ou, em casos de alteração anatômica importante, como na fístula gastro-gástrica, simplesmente corrigir esta alteração.

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É sempre importante lembrar que a Cirurgia Revisional exige maior dedicação e comprometimento do paciente do que a primeira cirurgia.

RESHAPE (diminuição do tamanho do estômago)

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